30 dezembro 2008
23 dezembro 2008
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14 dezembro 2008
A natureza não agiu sozinha
10 dezembro 2008
08 dezembro 2008
03 dezembro 2008
Dor e Fibra Catarina
É fim de novembro e o pedaço especial da terra brasilis acostumado com o som de festas tradicionais, com o brilho do sol e o azul do mar se vê tomado pelo assustador barulho da chuva forte. Os boletins das condições do tempo parecem discos de vinil riscados que insistem em dizer que vai chover; chover e chover.
Rios sobem com águas barrentas e a natureza se mostra muito revoltada. Na lembrança do povo vem os sombrios anos de 83 e 84 e os semblantes se fecham. Antes aquelas faces risonhas sempre prontas a dizer um bom dia, uma boa tarde em que posso ser útil? Agora se mostram preocupadas e assustadas.
De repente num final de semana o pior acontece. O Itajaí-açu sobe e avança sobre a linda Blumenau e engole a praiana e faceira Itajaí. Os morros dos vales catarinenses não suportam tanta água e começam a se desmanchar tal qual sorvete no asfalto quente. Comunidades rurais formadas por pessoas simples e batalhadoras perecem em meio às águas e à lama. O gasoduto se rompe em assustadora explosão e o incêndio que em meio à chuva causa a sensação de extremo pavor. Rodovias desaparecem e a região se vê isolada do mundo. Vidas e sonhos terminam. Ouve-se a sinfonia do pânico e da morte. Animais nos campos correm tentando fugir das águas. A confusão se instala. Sirenes e alarmes tocando sem parar em meio à solidão e a escuridão de uma noite que parece não ter fim. Telefones emudecem e as emissoras de rádio e os canais de televisão de todo o país e até do exterior mostram em tempo real a tela de uma triste pintura catastrófica. Bombeiros, militares e um exército sem fim de voluntários se fazem presentes. Helicópteros surgem parecendo mãos divinas a prestar socorro e irmãos brasileiros de norte a sul se unem em prol de ajudar aos catarinenses. As chuvas param e é hora de lamentar e sepultar os mortos, de calcular os prejuízos e ver o que restou.
O sol volta a brilhar e ajuda a tornar mais visível toda a destruição. Ajuda também a secar as lágrimas dos olhos e a mostrar toda a fibra e raça do povo que levanta, se lava da lama e reconstrói a Santa e Bela Catarina.