Passada a Páscoa, com o Cristo devidamente ressuscitado, recomeça a agonia daquele moribundo que LHS disse que se arrastaria pelos escaninhos da Justiça.
Como nos filmes de terror, onde os mortos-vivos correm e fazem uma pressão danada sobre os mocinhos, o processo aquele, que deveria ficar imóvel embaixo de sete palmos de recursos, deu ontem sinal de vida.
Com a publicação do acórdão do TSE, o cadáver insepulto do abuso do poder econômico volta a feder. Como anunciado desde o primeiro momento, só o vice deverá ser ouvido. E o presidente do TSE parece disposto a manter sua previsão e concluir o julgamento do caso ainda neste semestre.
Aparentemente soprado pela defesa de LHS, circula um balão de ensaio alegando que o TSE não é o foro adequado, porque os pretensos ilícitos teriam ocorrido fora do período eleitoral.
Até aí morreu Neves. Está na inicial da ação que os atos relatados aconteceram entre novembro de 2005 e junho de 2006. Era coisa sabida. Mesmo assim, a defesa esgrimiu durante um tempo a tese de que LHS tinha se licenciado antes das eleições e que por isso não poderia ser acusado de nada.
Até aí morreu Neves. Está na inicial da ação que os atos relatados aconteceram entre novembro de 2005 e junho de 2006. Era coisa sabida. Mesmo assim, a defesa esgrimiu durante um tempo a tese de que LHS tinha se licenciado antes das eleições e que por isso não poderia ser acusado de nada.
Quem não pode ser acusado de nada e provavelmente nada terá a dizer é o atual vice, que na época era senador. É mesmo, né? O que será que o Pavan dirá? Atirará no próprio pé, no pé do LHS ou dirá o óbvio: “me incluam fora disso”? Bom, mas nunca se sabe o que poderá sair da cabeça dos advogados, que vão usar com criatividade todas as possibilidades de protelação e recurso.
O que a turma do LHS parece temer mesmo é o exame do mérito. Não custa lembrar que três ministros, quando foram se pronunciar sobre o mérito, o fizeram sem hesitação. E sem economizar no vocabulário.
Resta, portanto, fazer o possível para evitar que o julgamento reinicie. Vai que, ultrapassada a questão cabulosa e nada pacífica de permitir que o vice fale, o entendimento sobre os delitos continue o mesmo e se repitam dois, três, quatro votos pela cassação? O suspense, em todos os casos, está garantido até o quarto voto. Tanto para um lado, como para o outro.
(extraído do blog De olho na Capital de Cesar Valente)
(extraído do blog De olho na Capital de Cesar Valente)
Nenhum comentário:
Postar um comentário