31 dezembro 2012

Para homens violentos é bala na testa

No último dia do ano de 2012, duas formas de agir contra um mesmo crime, a violência contra a mulher.
Em Jaraguá do Sul um ex-namorado invade a casa de uma mulher que estava com sua filha adolescente e portando facas a ameaça por horas enquanto sua filha consegue escapar pulando da sacada. A Polícia Militar chega ao local no bairro Vieira e tenta negociar com o criminoso que continua ameaçando a mulher e ferindo ela com a faca. A PM após horas aborda e ao falhar o disparo da pistola de teaser, o criminoso tenta dar um golpe fatal na mulher mas é surpreendido com um tiro certeiro na testa que mata o agressor de forma instantânea e a mulher é libertada.
Em Joinville uma auxiliar de cozinha, voltando do trabalho foi violentamente golpeada por um ex-namorado com um facão. Detalhe que ela já havia feito alguns registros na Delegacia de Polícia denunciando as ameaças que vinha sofrendo do agressor.
Em Jaraguá do Sul a ação da PM eliminou um crápula, um agressor de mulheres. 2013 começa com um verme a menos para agredir mulheres.
Em Joinville apesar dos vários avisos registrados pela mulher ameaçada o agressor teve total liberdade para agir e ferir de forma violentíssima uma mulher.
Em determinados momentos a atitude de indivíduos como esses dois me deixam envergonhado por ser homem.

Até quando mulheres continuarão vítimas da violência de energúmenos como esses? Que não merecem outra coisa se não a morte. Até quando?

Realeza tem Federal, aqui temos Pangarés




Mais uma postagem que rende por minha passagem pelo sudoeste do Paraná. Dessa vez pra falar que a cidade de Realeza com cerca de 17 mil habitantes desde 2009 possui uma Universidade Federal. Isso mesmo, um campi da Universidade Federal da Fronteira Sul que tem como sede a cidade catarinense de Chapecó e campi nas cidades de Cerro Largo (RS), Erechim (RS), Laranjeiras do Sul (PR), Realeza (PR) e Passo Fundo (RS).


Daí fico pensando como todos nós estamos muito mal representados politicamente. Na época em que se aventou a possibilidade de se ter em Jaraguá do Sul um campi da Universidade Federal de SC poucos abnegados como o professor Cláudio Piotto batalharam, mas não conseguimos trazer para cá e perdemos para Joinville o campi. Na época inclusive a então senadora e agora ministra Ideli Salvatti afirmava que nossa região era um pangaré e Joinville um puro sangue.

Pois é! Realeza (PR) com 17 mil habitantes está lá com sete cursos superiores: Ciências Biológicas – Licenciatura. Física – Licenciatura. Letras: Português e Espanhol – Licenciatura. Medicina Veterinária – Bacharelado. Nutrição – Bacharelado e Química – Licenciatura.

Nós aqui em Jaraguá do Sul e se considerarmos a região com aproximadamente 200 mil habitantes temos que nos contentar em não ter uma Federal por culpa das nossas lideranças políticas “pangarés”.

30 dezembro 2012

Exemplo de Transparência



Em visita a cidade de Realeza no sudoeste do Paraná um fato me chamou muito a atenção, em plena área central o Chefe do Executivo Municipal Sr. Eduardo André Gaievski instalou um quadro em que apresenta receitas e despesas de todas as áreas e departamentos da administração. Claro que estamos na época da internet e dos portais da transparência, mas pelo fato de que ninguém poder dizer que não tem como acessar a internet, ter a prestação de contas mensalmente em praça pública eu achei um ótimo exemplo.

29 dezembro 2012

Marcha para o Oeste



No feriado de Natal eu recebi o convite de visitar os parentes da minha namorada e viajar para a região sudoeste do Paraná. Eu já conhecia outras cidades do PR, porém nenhum da região sudoeste. Após cerca de 7 horas de viagem, passando pela BR 280, BR 116, PRT 280, BR 153 e PR 483 lá estávamos nós chegando à Santa Izabel do Oeste. Mas não estou aqui para relatar meu diário de bordo e sim para passar a minha impressão do que vi daquela região do Paraná.

É importante pontuar antes de tudo, os aspectos históricos que levaram ao povoamento daquela região. O Sudoeste do PR teve seu povoamento programado pelo governo brasileiro mais especificamente no mandato do presidente Getúlio Vargas através de um programa chamado Marchapara o Oeste, que consistia em convocar colonos gaúchos e catarinenses para se instalarem naquela região que no final dos anos 40 e começo dos anos 50 era habitado apenas por tribos indígenas e o governo brasileiro temia perder as terras para a Argentina e o Paraguai.
Com um solo extremamente fértil que hoje produz grande parte do grão de soja e do milho brasileiro, na época dos desbravadores era praticamente coberto apenas de Araucárias ou o Pinheiro do Paraná com seu território serpenteado por afluentes do grande rio Iguaçu. Aliás, o Iguaçu que pelo seu porte é represado atualmente por mais de 6 vezes pela construção de hidrelétricas em que a mais famosa é a Itaipu que já foi a maior do mundo.
As cidades do sudoeste do PR têm, portanto em média 50 anos e ao contrário daqui foram construídas de forma planejada com as vias principais das cidades feitas bastante organizadas com largas calçadas e praças, praças mesmo, bastante arborizadas com bancos e instalações limpas e banheiros públicos. Nessas praças os cidadãos se reúnem, se confraternizam, colocam a prosa em dia.

 Praça Central de Realeza-PR

Conhecendo o sudoeste do PR é que se entende o motivo que os agora moradores da região norte/nordeste de SC, mas que nasceram lá naquela região paranaense sintam tanta necessidade de que Jaraguá do Sul, Guaramirim, Schroeder e Corupá tenham praças, mas praças mesmo, não arremedos de praças sem árvores e sem vida.

19 dezembro 2012

Planejar sim, mas cumprir o planejado melhor.


Cidade como Jaraguá do Sul, foi formada através das transformações de tifas e logradouros em bairros. Essa transformação se deu de forma atropelada e ainda continua se dando dessa forma. Só pra citar um exemplo a Tifa Bleise que se tornou bairro Estrada Nova justamente pela necessidade de ali se abrir uma nova via, quer dizer, primeiro vieram às moradias e depois a estrada para chegar até as casas.
Pois bem, mas a cidade se fez e grupos de notáveis reunidos definiram para onde e como seria o desenvolvimento urbano de Jaraguá do Sul. Que me recorde já tivemos o Agenda 21, Jaraguá 2010, 2030, pró Jaraguá. Planejamento é o que não faltou e não falta.
Porém o que na prática se constata é a autorização e construção de moradias, loteamentos e condomínios residenciais em espaços pelo planejamento destinados somente à instalação de indústrias, bem como espaços destinados a casas serem ocupados por pequenas indústrias que se tornam médias em poucos anos e passam a operar muitas vezes em três turnos.

Planejar sim, mas cumprir o planejado melhor. A história da Tifa que virou bairro e teve a estrada depois das casas é bonita, é romântica, mas não é um filme que precisa ser constantemente reprisado.

18 dezembro 2012

Ao Lufar da Bandeira


Assistindo ontem a diplomação dos eleitos para conduzirem os destinos do município no período 2013-2016 um fato me chamou a atenção, pelo menos 2/3 deles, ou seja, a ampla maioria não sabe a letra e muito menos cantar o Hino de Jaraguá do Sul.

Daí as interrogações foram além:
- A Lei Orgânica será que conhecem?
- O papel que cada um irá exercer, o que compete ao cargo, o que não compete ao cargo?

Mas daí terão aqueles que já devem estar falando, mas basta que sejam honestos.
Como diz o Datena : “Me ajuda aí!”
Ser honesto não é qualidade, é obrigação.

Bem, tomara que eu esteja sendo exigente demais e que o pessimismo que tenho com relação aos próximos quatro anos esteja errado.

Mas para ajudar um pouco os que ainda não sabem, segue a letra do Hino de Jaraguá do Sul, autor Rudolpho Francisco Hefenüssler, com música de Alcesti Berri .

Entre montes te vejo engastada,
Marginando corrente prateada.
Vibra um povo querendo progresso,
Crescimento, trabalho e sucesso.
De teus campos abertos em flor,
Da indústria a todo vapor,
Brotam rios de riqueza a sorrir.
Para o dia de amanhã que surgir.
Teu brasão tem o verde: é esperança,
O vermelho, este povo que avança.
Ao lufar da bandeira marchamos,
Pela terra que é nossa e que amamos.
Estribilho:
Jaraguá do Sul és vibrante,
Não haverá quem te suplante,
Teu povo alegre e varonil.
Tem por lema: Avante Brasil.


17 dezembro 2012

Atitude é o segredo


A mais recente pesquisa do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatísticas (Ibope) aponta que 78% aprovam a forma como a presidenta governa. Com esse dado tão favorável para ela, muitos são os especialistas para apontar esse ou aquele fator para o sucesso perante a opinião pública.
Sou um dos que acreditam que a razão do sucesso é mais simples e resume-se em uma palavra: atitude.
Dilma vem demonstrando que ao contrário até do seu antecessor e padrinho Lula, ela no exercício do poder é mais aguda e rápida nas tomadas de decisões. Punindo assessores com muito mais rapidez e chamando a atenção de outros de forma enérgica. Ela também não se furta de dar opiniões ou tomar decisões nos temas mais polêmicos e não se importa de afrontar essa ou aquela bancada por algumas decisões que toma.

Atitude e poder de decisão. Esse é o segredo para aprovação popular. Está aí a dica para os governantes que assumem daqui uns dias o poder depois que o mundo acabar na próxima sexta (21).

16 dezembro 2012

Falência do Movimento Comunitário





A postagem de hoje faço como morador do bairro Rau, que nos últimos anos não viu nenhuma ação merecedora de aplausos para a associação de moradores, aliás, ultimamente viu sim foram ações por parte de membros da direção da associação que buscaram atravancar obras e avanços para a comunidade deixando-se usar por “pseudo lideranças” políticas que nem moram aqui, mas souberam manipular muito bem os “dirigentes” comunitários.

Quero que venham se assanhar a pedir o meu voto e empenho em prol da associação aqui em casa. Mas falar o que do movimento das associações comunitárias atualmente em Jaraguá do Sul? Ao olharmos o atual compasso da União Jaraguaense das Associações de Moradores – Ujam em que a atual presidente foi eleita mesmo perdendo para o “não”. Isso mesmo havia duas opções na cédula de votação, ela ou o “não” (para que houvesse uma nova eleição). Mesmo o “não” vencendo ela foi empossada como presidente. Na direção atuou apenas pela promoção pessoal do seu nome.

Lamentavelmente vejo o movimento comunitário com raríssimas exceções aqui na cidade se perder mais na promoção pessoal dos seus “comandantes”, do que efetivamente brigar pelos anseios da comunidade.

De repente estou sendo injusto, ou exagerado, mas não apenas a Ujam, mas todo o movimento comunitário em Jaraguá do Sul precisa passar por uma depuração e refundação.