No feriado de Natal eu recebi o
convite de visitar os parentes da minha namorada e viajar para a região
sudoeste do Paraná. Eu já conhecia outras cidades do PR, porém nenhum da região
sudoeste. Após cerca de 7 horas de viagem, passando pela BR 280, BR 116, PRT
280, BR 153 e PR 483 lá estávamos nós chegando à Santa Izabel do Oeste. Mas não
estou aqui para relatar meu diário de bordo e sim para passar a minha impressão
do que vi daquela região do Paraná.
É importante pontuar antes de tudo,
os aspectos históricos que levaram ao povoamento daquela região. O Sudoeste do
PR teve seu povoamento programado pelo governo brasileiro mais especificamente
no mandato do presidente Getúlio Vargas através de um programa chamado Marchapara o Oeste, que consistia em convocar colonos gaúchos e catarinenses para se
instalarem naquela região que no final dos anos 40 e começo dos anos 50 era
habitado apenas por tribos indígenas e o governo brasileiro temia perder as
terras para a Argentina e o Paraguai.
Com um solo extremamente fértil
que hoje produz grande parte do grão de soja e do milho brasileiro, na época
dos desbravadores era praticamente coberto apenas de Araucárias ou o Pinheiro
do Paraná com seu território serpenteado por afluentes do grande rio Iguaçu. Aliás,
o Iguaçu que pelo seu porte é represado atualmente por mais de 6 vezes pela
construção de hidrelétricas em que a mais famosa é a Itaipu que já foi a maior
do mundo.
As cidades do sudoeste do PR têm,
portanto em média 50 anos e ao contrário daqui foram construídas de forma
planejada com as vias principais das cidades feitas bastante organizadas com largas
calçadas e praças, praças mesmo, bastante arborizadas com bancos e instalações
limpas e banheiros públicos. Nessas praças os cidadãos se reúnem, se
confraternizam, colocam a prosa em dia.
Praça Central de Realeza-PR
Conhecendo o sudoeste do PR é que
se entende o motivo que os agora moradores da região norte/nordeste de SC, mas
que nasceram lá naquela região paranaense sintam tanta necessidade de que
Jaraguá do Sul, Guaramirim, Schroeder e Corupá tenham praças, mas praças mesmo,
não arremedos de praças sem árvores e sem vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário