29 dezembro 2012

Marcha para o Oeste



No feriado de Natal eu recebi o convite de visitar os parentes da minha namorada e viajar para a região sudoeste do Paraná. Eu já conhecia outras cidades do PR, porém nenhum da região sudoeste. Após cerca de 7 horas de viagem, passando pela BR 280, BR 116, PRT 280, BR 153 e PR 483 lá estávamos nós chegando à Santa Izabel do Oeste. Mas não estou aqui para relatar meu diário de bordo e sim para passar a minha impressão do que vi daquela região do Paraná.

É importante pontuar antes de tudo, os aspectos históricos que levaram ao povoamento daquela região. O Sudoeste do PR teve seu povoamento programado pelo governo brasileiro mais especificamente no mandato do presidente Getúlio Vargas através de um programa chamado Marchapara o Oeste, que consistia em convocar colonos gaúchos e catarinenses para se instalarem naquela região que no final dos anos 40 e começo dos anos 50 era habitado apenas por tribos indígenas e o governo brasileiro temia perder as terras para a Argentina e o Paraguai.
Com um solo extremamente fértil que hoje produz grande parte do grão de soja e do milho brasileiro, na época dos desbravadores era praticamente coberto apenas de Araucárias ou o Pinheiro do Paraná com seu território serpenteado por afluentes do grande rio Iguaçu. Aliás, o Iguaçu que pelo seu porte é represado atualmente por mais de 6 vezes pela construção de hidrelétricas em que a mais famosa é a Itaipu que já foi a maior do mundo.
As cidades do sudoeste do PR têm, portanto em média 50 anos e ao contrário daqui foram construídas de forma planejada com as vias principais das cidades feitas bastante organizadas com largas calçadas e praças, praças mesmo, bastante arborizadas com bancos e instalações limpas e banheiros públicos. Nessas praças os cidadãos se reúnem, se confraternizam, colocam a prosa em dia.

 Praça Central de Realeza-PR

Conhecendo o sudoeste do PR é que se entende o motivo que os agora moradores da região norte/nordeste de SC, mas que nasceram lá naquela região paranaense sintam tanta necessidade de que Jaraguá do Sul, Guaramirim, Schroeder e Corupá tenham praças, mas praças mesmo, não arremedos de praças sem árvores e sem vida.

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